Hoje estive em Tivoli, a mais ou menos 30 km de Roma, com a finalidade de visitar a "Villa Adriana", um magnifico exemplo de residencia imperial. A sua caracteristica principal, diria, é o fato de compendiar varios tipos de edificios vistos pelo imperador Adriano em sua viagens pelas provincias orientais, além dos edificios típicos de Roma, isto é, termas, teatros e bibliotecas (duas, uma grega e outra latina). Na realidade, nenhum ambiente da Villa Adriana pode ser comparado a outro conhecido no Mundo Antigo, dado o seu carater eclético. O projeto teve varias etapas de construção (118-121, 125-128, 132-138), sendo finalizado pelo sucessor de Adriano, o imperador Antonino Pio. Abaixo, posto algumas fotos que tirei durante a visita, acompanhado de um amigo japonês, Pio Takaku, doutorando em História Eclesiastica pela Universidade Gregoriana, o qual muito gentilmente guiou-me nesta visita.
Lado externo do Poikile que se inspirava no célebre Stoa Poikile de Atenas, berço do estoicismo.
Piscina central do Poikile
Ainda é discutida a funcionalidade original deste ambiente. Alguns estudiosos pensam tratar-se de uma biblioteca e interpretam os sete nichos que podemos ver na foto como local para gurdar os "volumina" (livros). Outros afirmam que tratar-se-ia de uma sala do "conselho", e os nichos seriam o lugar para abrigar estátuas que retratariam membros da família imperial. Dada a proximidade com o Poikile, muitos pensam que as estatuas retratariam não os membros da fam~ilia do Imperador, mas sábios ou filósofos.
Esta denominação remonta ao século XVIII. Na verdade, antes de um palco de naumachia , podemos ver que se trata de um ambiente possivelmente dedicado ao retiro e à meditação. Ao meio, circundada por um espelho d'água, podemos ver os restos de uma ilha artificial, uma residência em miniatura.
Provavelmente um ambiente termal
Num primeiro momento pensei tratar-se de um estádio. Infelizmente não havia indicações para os turistas sobre este espaço...
Provavelmente esta estátua seja a personificação do rio Nilo, uma vez que estamos no assim chamado Canopo. Este nome refere-se ao canal que ligava Alexandria à cidade omonima a esse canal. Ao meio um espelho d'água e ao fundo o templo de Serapis.
Vista parcial do porticato do "Canopo"
"Cariatides" (colunas com forma de mulher) ao longo do espelho d'água do Canopo
Serapeion
(ao fundo a "cella" onde provavelmente ficava o ídolo de Serapis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário